terça-feira, 23 de novembro de 2010

Links úteis para pesquisa de informações sobre HIV/Aids

Link Casa da Aids

Link CRT Aids

Nestes sites vocês encontrarão informações muito importantes sobre HIV/Aids.
Leia! Pesquise!

Bom estudo!
Karine*

O que contém uma vacina contra um vírus?

As vacinas produzidas contra os vírus podem ser de dois tipos: atenuada ou inativada. A vacina atenuada é aquela em que o vírus encontra-se vivo, porém, sem capacidade de produzir a doença (caxumba, febre amarela, poliomielite, rubéola, sarampo, tríplice viral, varicela e varíola). Algumas vezes estes vírus podem reverter para a forma selvagem causando a doença. Estas vacinas são contra-indicadas para imunodeprimidos e gestantes.

A vacina inativada contém o vírus inativado por agentes químicos ou físicos, ou subunidades e fragmentos obtidos por engenharia genética. Neste caso nunca ocorre a reversão para a forma selvagem (gripe, hepatites A e B, poliomielite injetável e raiva). Estas vacinas podem ser indicadas para os imunodeprimidos. Abaixo listamos as principais vacinas virais disponíveis no Brasil.

Vacina contra varíola



Bom estudo!
Karine*

Como foi descoberto o princípio da vacina?

Durante quase 20 anos, entre as décadas de 1780 e 1790, Jenner colecionou uma série de dados mostrando que indivíduos previamente contaminados por uma doença bovina, similar à varíola humana, ficavam refratários à varíola.

Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus bovino tinham uma versão mais suave da doença, ele recolheu o líquido que saía destas feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço de um garoto de 8 anos de nome Jame Phipps. O menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida.

A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e novamente expôs o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contato com o vírus da varíola, o pequeno passou incólume à doença. Estava descoberta assim a propriedade de imunização.



Ele realizou novas inoculações em outras crianças, inclusive em seu próprio filho.

Em 1798, seu trabalho foi reconhecido e publicado.
O nome vacina vem do latim vacca, que significa vaca, e foi criado por Jenner.  

Vale destacar, porém, que Jenner não foi o primeiro a desenvolver um modo de imunização contra a varíola. Por volta do ano 1000, a medicina tradicional chinesa já utilizava um método que constava em extrair o pus das vesículas em estágio avançado de um doente e inoculá-lo em jovens fortes e sadios. Observava-se que esses indivíduos adquiriam formas brandas da doença e a seguir tornavam-se imunes a ela.

Fonte: adaptado de: http://www.vacinas.org.br/


Bom estudo!
Karine*

Como era a vida antes de conhecermos o mundo microscópico?

História do Jaleco


Nos dias atuais é difícil desvincular a imagem do profissional da saúde sem o jaleco ou outra vestimenta na cor branca, entretanto na história da medicina a cor branca e o jaleco são recentes. No livro “A Vida e Obra de Semmelweis”, escrito pelo romancista francês Louis Ferdinand, narra que os jalecos eram de cor escura e quanto mais manchado de sangue fosse o avental, mais respeitado o profissional seria pela comunidade, indicando muitos feitos na profissão.

A Complexa descoberta da simplicidade: assepsia das mãos na prática médica.  Rembrandt van Rijn, 1632.

Semmelweis (1818-1865) foi um médico húngaro famoso por descobrir métodos eficazes contra a febre puerperal, que é o nome da doença que matou milhares de mulheres e crianças em maternidades, no início do século XIX, no puerpério, período logo após o parto. Entre dez mulheres, uma ou mais morriam após o parto, nas fases mais intensas da epidemia, todas as mulheres que entravam no hospital saíam mortas. Parto em casa, feito por parteiras raramente desenvolvia febre puerperal. 
A causa inicial da infecção se dava pela entrada de germes por meio de mãos sujas, instrumentos cirúrgicos contaminados, roupa infectada. Com úteros feridos logo após o parto tornava-se fácil ocorrer uma infecção, parece uma conclusão óbvia, entretanto, na época pouco se sabia de infecções e microorganismos.

Observe uma frase do diário de Semmelweis sobre algumas teorias para o problema:
Dezembro de 1846. Por que é que tantas mulheres morrem com esta febre, depois de partos sem quaisquer problemas? Durante séculos, a ciência disse-nos que se trata de uma epidemia invisível que mata as mães. As causas podem ser a alteração do ar, alguma influência extraterrestre, ou algum movimento da própria Terra, como um tremor de terra.”
Semmelweis observou a morte de seu amigo, com os mesmos sintomas da febre puerperal, logo após um pequeno acidente com o bisturi que dessecava cadáveres, com observação afiada, concluiu que a febre puerperal poderia ser transmitida pelo contato, Semmelweis propôs a lavagem das mãos entre procedimentos, conseqüentemente houve grande redução de mortes.
 A partir de hoje, 15 de maio de 1847, todo estudante ou médico é obrigado, antes de entrar nas salas da clínica obstétrica, a lavar as mãos, com uma solução de ácido clórico, na bacia colocada na entrada. Esta disposição vigorará para todos, sem exceção”.
Semmelweis ao obrigar os médicos e estudantes de medicina a lavar as mãos foi expulso do hospital e obrigado a deixar Viena. Magoado pela indiferença dos colegas começou a escrever cartas abertas aos obstetras denunciando as irresponsabilidades e culpando-os pelos assassinatos foi chamado de louco, e morreu depois de ser  Internado em um hospital Psiquiátrico.

As técnicas de anti-sepsia e assepsia foram, finalmente, aceitas como parte da rotina cirúrgica em meados de 1890. Como consequência, o uso de luvas, máscaras, aventais e gorros cirúrgicos evoluiu naturalmente.
  Abraços,
Karine*
Anti-sepsia: desinfecção.
Assepsia: conjunto das medidas adotadas para evitar a chegada dos germes a local que não os contenha.

Como as células interagem na Resposta Imune?


 



Conhecendo bem a interação  das células do Sistema Imunológico, podemos nos questionar quanto ao uso de vacinas também.

O que acontece com o nosso organismo quando tomamos uma vacina?

O que há de diferente do efeito da vacina da infecção de verdade?

Por que a vacina contra o vírus da gripe precisa ser diferente cada ano?

Por que é tão difícil fazer uma vacina contra o HIV?

Por que ainda fazemos campanhas de vacinação contra a poliomielite se já não existe a doença no Brasil?

Podemos discutir estas e outras questões no nosso debate!
Tragam perguntas!

Bom estudo.


Três décadas de Aids


Sob certas condições uma pessoa pode apresentar um estado de imunodeficiência que se traduz por:

— maior suscetibilidade a infecções;
— fenômenos de autoimunidade;
— surgimento de doenças malignas, tumores e cânceres de pele;
— processos alérgicos graves e recorrentes.

Existem vários fatores que podem levar a um estado de imunodeficiência. Alguns desses fatores são congênitos, ou seja, a pessoa já nasce com o problema. Outro é o fator nutricional, motivado pela falta de certas vitaminas e nutrientes (isso acontece frequentemente com crianças, por motivos sociais ou culturais).
Existem também os casos de imunodeficiência decorrentes de viroses.
Normalmente, esses estados são transitórios, como ocorre com o sarampo. No entanto, o caso mais conhecido, a Aids, não é transitório.
 Aids é a sigla para a expressão inglesa acquired immunodeficiency syndrome. Em português: “síndrome de imunodeficiência adquirida”. Síndrome quer dizer “conjunto de sintomas”. Imunodeficiência adquirida tem significado mais ou menos evidente: deficiência adquirida da capacidade de reagir a agentes invasores do organismo.

Boa parte dos sintomas relacionados à Aids deve-se às doenças oportunistas. Essas moléstias são assim chamadas porque são desencadeadas por microrganismos que só conseguem parasitar o organismo quando o sistema imune está muito debilitado. Ou seja, uma pessoa com esta síndrome pode morrer, de tuberculose, pneumonia, tumores e outras doenças, todas causadas pelos agentes oportunistas.

Aids não se pega com abraços, beijos, carinhos e apertos de mão.

Nessa doença, a debilitação do sistema imune deve-se a alterações na taxa ou no comportamento de diferentes células do sistema imune, entre elas os linfócitos CD4+, as células supressoras e as células fagocitárias (por exemplo, os macrófagos).
Em muitos casos, uma das principais características relacionadas ao desenvolvimento da doença é justamente a queda progressiva do número de linfócitos CD4+ na corrente sanguínea.
A causa é um vírus chamado HIV (de human immunodeficiency virus, vírus da imunodeficiência humana). Esse vírus foi identificado pela primeira vez em 1983, pelo
cientista francês Luc Montagnier, que o isolou de um paciente aidético.


Esquema do vírus HIV.

O HIV é transmitido por contato entre o sangue (ou secreções) de uma pessoa contaminada e o sangue (ou secreções) de uma pessoa sadia. As vias de transmissão reconhecidas são o contato sexual, as transfusões de sangue e a utilização de agulhas contaminadas.
O vírus possui em sua composição uma proteína com uma forte afinidade por células do sistema imune. Uma vez ligado a essas células, o HIV pode entrar no interior delas e aí permanecer livre da ação do sistema imune.
Dessa forma, o vírus pode reproduzir-se à vontade, destruindo as células e assim prejudicando o sistema imune. Em outros casos isso não ocorre, e o vírus permanece latente, adormecido no interior das células por longos períodos, dividindo-se somente quando as células se dividem.
Com a descoberta do vírus, a Aids foi reconhecida como uma doença infecciosa. E o HIV, seu agente etiológico.
Conhecendo o agente etiológico da doença, o próximo passo dos cientistas foi tentar elaborar uma vacina eficaz contra ele, que barrasse a propagação da doença na população.


Números da AIDS no mundo entre 1981 e 2008

AIDS & HIV information from AVERT.org

Um aspecto que atrapalha o trabalho dos cientistas é a existência de muitas variedades do mesmo vírus, o que dificulta a elaboração de uma vacina única contra a moléstia. Isso ocorre devido ao fato do material genético do vírus sofrer inúmeras mutações.
Por outro lado, nos últimos anos desenvolveu-se uma terapia a base de diversas drogas que, em conjunto, permitem controlar a reprodução do vírus e sua ação sobre o sistema imune. O coquetel, como é chamado, é a combinação de diferentes drogas que em conjunto bloqueiam a entrada do vírus nas células, inibem sua proliferação e evitam duplicação do vírus.

As atuais perspectivas
Por tudo o que foi dito, descobrir uma vacina contra a doença deixou de ser o único objetivo no estudo da Aids. Antes, é preciso saber exatamente qual vacina produzir e contra o quê imunizar.

A indústria farmacêutica também se deu conta de que a coisa não é simples e atualmente estão sendo testadas novas drogas que, utilizadas de maneira combinada, parecem obter melhores resultados do que quando administradas isoladamente.

Outro aspecto bastante discutido é a falta de conhecimento sobre os mecanismos que desencadeiam a deficiência imunológica e a instalação da doença. Falta entender melhor como atua o sistema imune nessa doença.
Citando a abertura de um artigo publicado na Science, uma conceituada revista científica americana, podemos dizer que agora “a pesquisa sobre a Aids está abandonando o vírus para estudar o sistema imune”. Talvez somente a partir de uma maior compreensão desse sistema vamos entender realmente o que é a síndrome da imunodeficiência adquirida. Por enquanto, o melhor a fazer é se prevenir.

Aids em números

Até o final de 2007, 33,2 milhões de casos de aids e 2,1 milhões de mortes entre pessoas com Aids tinham sido relatados à Organização Mundial de Saúde (OMS). Aproximadamente 15,4 milhões desses casos ocorreram em mulheres e cerca de 68% (22,5 milhões) de todas as pessoas infectadas com o HIV estavam vivendo na África.
De acordo com a agência de notícias da AIDS, de 1980 a junho de 2009, foram registrados 544.846 casos de aids no Brasil. Durante esse período, 217.091 mortes ocorreram em decorrência da doença. Por ano, são notificados entre 33 mil e 35 mil novos casos de aids.
Em relação ao HIV, a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas no país.
Dos casos de aids acumulados de 1980 até junho de 2009, a região Sudeste é a que tem o maior percentual do total de notificações, 59,3%. O Sul concentra 19,2% dos casos; Nordeste 11,9%, Centro-Oeste 5,7%, e Norte 3,9%. Dos 5.564 municípios brasileiros, 87,5% (4.867) registram, pelo menos, um caso da doença.

Paulo Cunha (Grupo de trabalho do Projeto Imunologia nas Escolas).

Bom estudo!

Abraços,
Karine*

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Debate HIV/AIDS

Eu gostaria de convidar as pessoas que acompanham o nosso projeto para prestigiar o nosso trabalho na Romeufest!

A Romeufest uma festa de encerramento do ano na Escola Romeu de Moraes onde os alunos mostram tudo o que fizeram durante o ano e aínda fazem apresentações dos seus trabalhos.

Montaremos uma Sala do Projeto Imunologia nas Escolas do iii (Instituto e Investigação em Imunologia) e lá mostraremos um pouquinho do nosso trabalho juntamente com os alunos e professores do segundo colegial desta escola.

Ao meio-dia haverá um debate sobre HIV/AIDS com convidados pra lá de especiais que irão debater o assunto com as pessoas da comunidade. São eles:

Dr. Aluísio Segurado-FMUSP
Dr. Ésper Kallás-FMUSP
Dr. Edécio Cunha-Neto-FMUSP

Traga sua pergunta!

Venha debater com a gente!

É a Imunologia para todos!

Abraços,
Karine*

Aula Asma

A próxima aula na EE Romeu de Moraes será sobre ASMA. Que tal aprendermos um pouquinho sobre esta doença tão comum nas grandes cidades?

O que é ASMA? 
A Asma é uma doença causada por reações repetidas de hipersensibilidade no pulmão que causam:
·        Obstrução reversível e intermitente das vias respiratórias
·        Inflamação crônica dos bronquíolos com presença de eosinófilos
A sequência de mecanismos é a seguinte:
1.      Apresentação do alérgeno (antígeno) ao linfócito Thelper2 (CD4+) pela célula apresentadora de antígeno (APC) que pode ser o próprio Linfócito B
2.     Th2 estimula o linfócito B a produzir IgE ( Imunoglobulina E) específica
3.     A IgE se liga ao receptor de IgE na superfície do Mastócito
4.     A ligação do alérgeno à IgE específica ativa o Mastócito
5.     O Mastócito libera mediadores (citocinas) que levam ao recrutamento de células inflamatórias, inclusive eosinófilos
6.     Mastócito, basófilo e eosinófilo produzem mediadores que causam constrição do músculo que envolve os bronquíolos.

Amanhã discutiremos em aula!
Bom estudo!
Abraços,
Karine*