sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Motivado pelos alunos, Projeto faz debate sobre EBOLA

O Projeto Imunologia nas Escolas realizou nesta quarta-feira, dia 19 de novembro, sua última atividade de 2014, na Escola Estadual Alves Cruz, em São Paulo, com um debate sobre Ebola.

O debate foi um sucesso! Auditório cheio, exposições muito interessantes do Dr. Aluísio Segurado (Prof. Faculdade de Medicina da USP e Pesquisador do nosso iii-INCT- Instituto de Investigação em Imunologia – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) e da Dra. Rachel Soeiro (Programa Médicos Sem Fronteiras) e muitas perguntas interessantes dos alunos.



Foto 1: Dr. Aluísio Segurado (Prof. Faculdade de Medicina da USP e Pesquisador do nosso iii-INCT- Instituto de Investigação em Imunologia – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) e da Dra. Rachel Soeiro (Programa Médicos Sem Fronteiras)



Primeiro, o Dr. Aluísio falou sobre o que é a infecção pelo Ebola, abordando questões epidemiológicas, fisiopatológicas - sobre o que acontece com o organismo quando infectado pelo vírus - as dificuldades do tratamento em locais de precárias condições de saúde, e os desafios mundiais para conter a epidemia e desenvolver uma vacina e outras formas de tratamento. Explicou como a epidemia tem se espalhado na África e destacou que, em tempos globalizados, onde as pessoas circulam no mundo, a infecção pelo Ebola - mesmo outras epidemias - tem grande chance de chegar a várias partes do mundo.




Foto 2: Dr. Aluísio Segurado com a palavra - 'A infecção pelo vírus Ebola'


Dra. Raquel trouxe uma contribuição muito especial, falando sobre sua rica experiência na África, como médica do programa Médicos Sem Fronteiras. Trabalhou durante um mês num pequeno vilarejo chamado Telimele, na Guiné,  cuidando dos doentes e estabelecendo estratégias para conter a epidemia na região. Foi emocionante ouvir suas histórias cheias de coragem e humanismo. Sobre as dificuldades e as conquistas, sobre o cuidado aos doentes e as diferenças culturais.  Sobre o feliz relato de como conseguiram tratar muitos doentes (75% de sucesso), conter a transmissão e acabar com a doença no vilarejo.  



Foto 3: Dra. Rachel Soeiro: 'Experiência com o Ebola no Programa Médicos sem Fronteiras'


Entre as duas apresentações, passamos também um vídeo curtinho com uma matéria da jornalista da Folha de São Paulo, Patrícia Campos Mello, gravado em Serra Leoa, região de epidemia da infecção pelo Ebola, propiciando-nos com uma verdadeira  “viagem” ao drama das pessoas que vivem, hoje, esta epidemia.

As muitas perguntas dos alunos mostraram, claramente, seu interesse e curiosidade. Perguntas sobre mutações do vírus, desenvolvimento de vacinas, formas de transmissão, como a infeção mata, por que alguns conseguem sobreviver, se pode chegar ao Brasil, etc, etc.

No fim, aclamada pelo Dr. Aluísio, uma homenagem especial à ONG Médicos Sem Fronteiras, na pessoa da Dra, Rachel, pelo corajoso e importantíssimo trabalho que realizam no mundo. Muitos e muitos aplausos, bem merecidos.




Foto 4: Dra. Rachel Soeiro com a fala


Para mim, ficam muitas imagens e perguntas na cabeça. Como nós, humanos, construímos, numa perspectiva evolutiva, interações com os microrganismos? Enquanto alguns chegam de forma devastadora - como o vírus Ebola - temos, hoje, milhares e milhares de microrganismos vivendo, de forma sinérgica, em nosso organismo. Ficam imagens de vida e de morte, da fragilidade da vida humana, imagens de luta e de coragem.  Fica a bonita imagem do abraço do paciente, no momento da alta, por ter vencido a infecção.

Foi uma grande alegria ver que os jovens se interessaram e participaram. Claro que houve também conversas e algum zum-zum-zum... Mas, isto faz parte. Afinal de contas, são adolescentes e cheios de inquietações.

Certamente, ficamos com um sentimento muito bom. Fechamos nosso ano de atividades do Projeto da escola com um sentimento positivo de algo que motivou os adolescentes a pensar e a perguntar. Algo que pode até parecer estar longe do mundo deles – na África - mas, sim, também diz respeito a todos nós.




Foto 5: Dr. Aluísio Segurado e da Dra. Rachel Soeiro no momento "Perguntas e Respostas"

Vale destacar que este debate foi motivado pelo interesse dos alunos. Foram eles que nos pediram para discutir sobre Ebola. E nós topamos. Tivemos alunos de cada turma que nos ajudaram na organização, pesquisaram para elaborar perguntas, prepararam cartazes e percorreram as salas de aula para falar sobre o debate.




Foto 6: Auditório da Escola Estadual Antonio Alves Cruz 

Pensamos que este é um caminho a ser cada vez mais explorado no Projeto. Envolver os alunos e professores da escola na busca de caminhos compartilhados, nos quais possamos discutir e refletir sobre temas de ciências, sobre a lógica do pensamento científico; sobre este certo olhar indagador do mundo.  

Muitos novos estímulos e desafios para 2015!

Verônica Coelho

Coordenadora Geral do Projeto Imunologia nas Escolas
iii-INCT – Instituto de Investigação em Imunologia
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
Médica Pesquisadora
Laboratório de Imunologia

InCor- FMUSP

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Olá pessoal

Publicamos, esse mês, na edição da Revista ComCiência (Revista Eletrônica de Jornalismos Científico)o artigo “Vacinas e Educação em Ciências”. Vejam nosso artigo no link abaixo.

http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=106&id=1273

Outros artigos, de diversos pesquisadores na área de Vacinas, foram publicados na mesma edição. Aproveitem a leitura!

http://www.comciencia.br/comciencia/



Equipe do Projeto Imunologia nas Escolas

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

PROJETO IMUNOLOGIA NAS ESCOLAS:
uma experiência iniciando em Vitória de Santo Antão - Pernambuco



Já faz um tempo que sou fã de carteirinha do Projeto Imunologia nas Escolas. Sempre visitava esse blog e ficava admirando todas as ações promovidas pelo Projeto.  Acredito que a mesma motivação que impulsionou e impulsiona vocês a desenvolverem um trabalho tão grandioso como esse, “andou passeando pelo Brasil” e chegou pertinho de mim, aqui em Pernambuco. Embora eu não tivesse os mesmos recursos materiais, minha alma inquieta, acreditava que era possível desenvolver ações simples de laboratório e de conhecimento de imunologia básica, com os alunos do ensino fundamental e médio da Escola Estadual Guiomar Krause Gonçalves, no município de Vitória de Santo Antão-PE. E foi exatamente isso que aconteceu, e aqui estou para compartilhar um pouco dessa experiência com vocês, inspirada no Projeto Imunologia nas Escolas do iii-INCT.




Tudo começou durante o meu estágio curricular em uma Unidade Básica de Saúde. Durante o estágio, era necessário fazer algumas visitas à escola do bairro onde a UBS estava inserida, foi então que resolvi desenvolver nessas visitas, ações que aproximassem os alunos do mundo científico e que ao mesmo tempo promovessem educação em saúde. Foi então que me inspirei em vocês.
Os alunos puderam conhecer um pouquinho da forma “malandra” e “astuciosa” que um patógeno desenvolve quando nos ataca, e é claro, da forma “batalhadora”, “destemida”, “minuciosa”, “brilhante”, “fantástica” e “inteligente”, que o sistema imunológico executa, quando nos defende e nos ajuda a nos manter saudável (O exagero para falar de imunologia vem do tempo em que eu era monitora rsrs).

Essas foram algumas oficinas trabalhadas na escola...

O MUNDO MICROSCÓPICO
Por meio de ilustrações do mundo microscópico, os alunos puderam conhecer um pouco dos microrganismos que vivem no seu corpo e no ambiente. Eles também tiveram a oportunidade de observar o crescimento de bactérias em culturas feitas com gelatina. Em seguida, eles foram estimulados e orientados a reproduzir o mesmo feito em casa e, assim, quem sabe, desenvolverem ou aprimorarem seu lado “investigativo”.

E AGORA? QUEM PODERÁ NOS DEFENDER e NOS AJUDAR A NOS MANTER SAUDÁVEIS? 
Nessa segunda oficina, as células do sistema imunológico foram expostas de forma “bem humorada” por meio de desenhos que caracterizavam suas principais funções (Por exemplo: Existia um macrófago segurando talheres para caracterizar sua função fagocitária).  Os alunos também tiveram a oportunidade de fazer o uso do microscópio. E esse foi um dos momentos mais empolgantes. Quem nunca se emocionou vendo um microscópio pela primeira vez? Vendo as células? Os patógenos? Ah... É lindo!! O patrocinador dessa alegria foi meu antigo e fantástico professor de imunologia. Quando me emprestou o material (lâmina de esfregaço sanguíneo), ele provocou indiretamente o surgimento das frases: “Que massa!!” , “ Oxe, é lindo demais”,“ Pode tirar foto?”.
            Em seguida, um pequeno vídeo sobre o encontro dos patógenos com o sistema imune foi elaborado, a animação visual foi feita com massa de modelar (Nada muito complexo). Era empolgante ver a forma como todas essas informações eram recebidas pelos alunos, professores e funcionários.

VAMOS DAR UMA FORCINHA PARA O SISTEMA IMUNE?
Alimentação, higiene e VACINAS foram os temas abordados nessa oficina.
No fim, muitas perguntas, muitas fotos, muitas fotos e é claro... Muitas perguntas. Foi um dia incrível!! Existia um brilho nos olhos, uns quatro tipos de sorrisos e um coro arrepiante de gratidão dos professores.
Agradeço imensamente a professora Verônica Coelho e Patrícia Santos (que falavam comigo logo no início, nos primeiros e-mails) e também a Daniel Manzoni que tive o prazer de conhecer, pessoalmente, na UFPE e depois disso, mantivemos contato e uma parceria feliz para o desenvolvimento dessas ações. Meus sinceros agradecimentos!!
PS: Guardo com carinho a agenda que ganhei do projeto imunologia na escola até hoje. rsrsrs





Atividades:
Culturas de bactérias utilizando gelatina.
Visualização ao microscópio de esfregaço sanguíneo. 
Vídeo de animação de células feitas com massa de modelar.
Exposição de figuras do sistema imune de forma humorada.
Apresentação do cartão de vacina do adolescente.


sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Desde os nossos primeiros dias de vida somos expostos propositalmente às chamadas Vacinas. Porém você sabe o que é uma vacina? Sabe o porquê tomamos tantas vacinas ao longo da nossa vida? E como elas funcionam no nosso corpo?
No nosso próximo encontro do Projeto Imunologia nas Escolas vamos estudar o que são as vacinas e como elas funcionam no nosso corpo
Não percam!
Dias: 26, 27 e 28 de Agosto.

Visitem o nosso blog do projeto:

projetoimunologianasescolas.blogspot.com.br